Sexta-feira Macabra

08-08-2011 21:12

 

Sexta-feira, 05/08/2011, 18.00 hs.

    

     O relogio soou 18.00 horas em ponto, saio correndo desesperado, pego apenas alguns papeis que estão   sobre a         escrivaninha,     tenho exatamente sete minutos para chegar ao meu destino. Avanço pelo corredor, paro em frente ao elevador, está no terreo, não posso esperar,   sigo para as escadas, desço três, quatro degraus por vez, caio, torço o pé, a dor e terrivel, mas não posso parar. Exatamente   sete   minutos   depois chego ao local, a porta estreita ja está se fechando, grito em desespero, alguém me houve e pede para esperar, entro pela porta e   ela  se  fecha, sinto a pancada em minhas costas, dentro há tres degraus, fico no primeiro, não consigo me mexer, o local está lotado,   há   todos    os tipos de pessoas, velhos, novos, altos, baixos, magros, gordos, etc...

     Passam-se alguns minutos, ou horas, não sei ao certo, consigo subir o   segundo   degrau, pessoas    se   amontoam,  se   debatem,    ouço um pavilhão de vozes, consigo houvir cada uma delas, mas não consigo decifrar uma só palavra do que é dito, ouço gritos, gargalhadas e até um arroto. Derrepente a porta se abre novamente, ouço gritos, mais pessoas entram, não posso acreditar, e impossível, uma mulher   desmaia,   sou empurrado, mesmo sem ter como, chego ao  terceiro degrau. Mais a frente há uma espécie de bloqueio, é preciso pagar para atravessar,   entrego  um pouco mais do que a quantia especificada em uma placa, ao lado do senhor sentado a minha frente, ele nao tem troco, deixo pra   la, avanço mais dois ou tres  passos, preciso ver a hora, não tenho relogio, tenho que pegar o telefone celular que esta no bolso de minha   calça,   tento me  mover, é quase impossível, acerto a cabeça de um senhor baixinho e mau encarado que me pergunta se sou cego, digo que não, peço desculpas, continuo a minha empreitada, consigo, são exatamente, 18.20 hs. havia se passado apenas   treze   minutos   desde   o  momento em que entrei  naquele inferno, parecia horas, fico confuso. Alguém tenta passar, no desespero sai arrastando consigo a minha perna, e  o meu pé torcido, sinto novamente aquela dor terrível, ja havia esquecido, acho que estava dormente. Passam-se mais alguns minutos, novo alvoroço, outra pessoa, tenta sair desesperadamente, escuto gritos novamente, xingamento, dessa vez consigo compreender, o homen    desesperado  pede para que abram a porta, pois ele precisa sair,  derrepente sinto uma pancada na boca, inchou na hora, o homen pede desculpas pela cotovelada dada em minha boca,   segue em frente,  fico ali com o pé doendo, e agora com a boca inchada, novo alvoroço, dessa   vez   só sinto   um  vulto,  que  não   sei como, coseguiu transpor a    multidão, sinto-me sendo arrastado, perco meu sapato, não consigo acha-lo, não posso me abaixar, é melhor deixar   pra  la.   18:35 hs.    estou sufocado, não consigo respirar, se não sair daqui terei um ataque. Sinto aromas deliciosos e odores repugnantes, tudo ao mesmo tempo, preciso sair, nao vou aguentar, sigo me contorcendo, avanço mais alguns passos, ja consigo me mexer, a mais espaço aqui. mais alguns minutos e como magia vejo outra porta a minha frete, ela se abre, as pessoas como feras enjauladas se atropelam para poder sair, correm em disparada,  ja não há mais ninguém junto a porta estreita, apenas mais tres degraus, deço, ja consigo respirar melhor, olho a hora, exatamente 18:55 hs. estou sem sapato, com o pé torcido e a boca inchada, mas finalmente consegui deçer do tanscol, cheguei ao terminal de    campo grande. Agóra e só pegar mais um ônibus para chegar em casa. MROAS - fALA sÉÉÉÉRIO...

Autor. Marcos Pegoretti Roas 

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